Hoje podem ser encontradas nas gôndolas de qualquer farmácia ou supermercado rótulos indicando “produto natural”. Associada a uma propaganda apelativa que prega que “plantas não fazem mal” e que todas as doenças podem ser curadas pelo uso de chás milagrosos, tem-se a falsa impressão de que os produtos fitoterápicos não possuem contra-indicações. O medicamento fitoterápico, assim como qualquer outro, deve ser usado com orientação profissional. Obviamente é meio difícil alguém se intoxicar com chá de erva cidreira, mas ainda existem muitas plantas que não foram bem estudadas e que não se conhece amplamente seus efeitos.

A crença de que produtos naturais não fazem mal deve ser encarada com cautela. O uso irresponsável de fitoterápicos pode sim causar danos a saúde. Geralmente os efeitos colaterais provenientes de fitoterápicos são muito mais suaves, isso porque, ao contrário dos medicamentos industrializados, os princípios ativos dos fitoterápicos não estão isolados. Eles coexistem com todas as demais substâncias das plantas. A essa diversidade de substâncias chamamos de fito-complexo, que possibilita a suavidade dos efeitos terapêuticos e a redução dos efeitos colaterais.

Adotando um enfoque holístico da noção de terapia e inspirando-se nos princípios clássicos da homeopatia de Hahnemann (tratar primeiro o doente e depois a doença), o Dr. Bach concluiu que um grande número de enfermidades e situações de sofrimento são, apenas, decorrências dos próprios desequilíbrios da mente e do psiquismo do indivíduo. Inclusive manifestações como medo, o egoísmo, o ódio, a ambição desmedida, entre outras, seriam, segundo o Dr. Bach apenas efeitos decorrentes da energia vital mal canalizada ou bloqueada, ou seja de uma desarmônia do indivíduo com sua natureza primária.

Os Florais atuam sobre o psiquismo dos indivíduos e são empregadas para corrigir desequilíbrios mentais e psíquicos. Compostos por 38 diferentes essências florais, estes remédios foram criados pelo Dr. Edward Bach, renomado médico inglês, no decorrer da década de 30. A terapia floral figura entre os sistemas alternativos de medicina reconhecidos pela Organização Mundial da saúde, da mesma forma como a acupuntura ou a homeopatia. Os remédios florais, portanto, longe de serem uma panacéia miraculosa, constituem na verdade um auxílio terapêutico o qual envolve o paciente na própria cura. Além disso eles atuam em níveis mais sutis de energia, promovendo a cura pela restauração da harmonia na percepção.

O objetivo dos florais é compensar os desequilíbrios, servindo-se dos aspectos positivos da própria personalidade do doente.

Geralmente, classificam-se os Florais de Bach em sete grupos, segundo as patologias, estados de espírito e sintomas-chave observados nos pacientes, os quais podem ter alguma dificuldade em reconhecer a que grupo pertencem, necessitando assim da ajuda de um psicólogo ou terapeuta. O Dr. Bach, no entanto, incentivava o exercício de auto-análise, dadas a inexistência de qualquer contra-indicação no uso de seus florais.